Carreiras

Minha temporada como estagiário na UCB foi repleta de aprendizado e desafios. Comecei o estágio durante meu último ano na faculdade e, como não tinha experiência profissional ainda, contei com o curto período até a graduação para absorver um mundo completamente novo para mim. Essa situação me fez entrar na empresa completamente preocupado com como seria meu desempenho. No entanto, essa preocupação foi em vão. Minha experiência de estágio foi o mais acolhedora possível. Foi fácil equilibrar o trabalho com a escola, e minhas tarefas refletiam uma curva de aprendizado clara. Quaisquer dúvidas ocasionais foram prontamente esclarecidas, permitindo-me absorver rapidamente as funções do departamento enquanto também auxiliava o trabalho da equipe. À medida que meu envolvimento se tornava mais ativo, pude sentir meu desenvolvimento profissional e social. Essa contribuição culminou em um projeto de estágio voltado para aplicar todo o conhecimento adquirido para aprimorar e agregar valor à empresa. Meu trabalho parecia útil e recompensador. Com todos esses pontos positivos, não havia como não continuar com essa empresa que me conquistou. Como o sentimento era mútuo, conquistei minha posição permanente.

Trinta e dois anos atrás, dei início à minha jornada profissional. Dessas três décadas e meia, trinta foram dedicadas à UCB. Poucos meses antes de me formar em Administração de Empresas com foco em Comércio Exterior, fui contratada pela UCB. Antes da UCB, trabalhei em um banco japonês e em uma agência de viagens. Sempre escolhi algo que tivesse conexão com outros países e culturas. Trabalhar na área que realmente desejava era essencial para o sucesso da minha jornada profissional.

Na UCB, comecei como assistente, depois me tornei analista de importação, coordenadora, até chegar à posição de gerente. Lembro-me dos desafios, das conquistas e das diversas mudanças pelas quais passei. Mudanças físicas, mudanças corporativas, mudanças de pessoas, políticas, chefes, enfim, todo tipo de mudança.

O primeiro grande desafio foi entender o que meu primeiro chefe estava dizendo, haha... ele era coreano e tinha um sotaque muito forte. Foi complicado até eu me acostumar. Brincadeiras à parte, encontrar um mentor como o Sr. Young foi muito importante. Ele era muito rígido e direto. Ele apontava, sem rodeios, os pontos que precisavam mudar. Talvez, seja isso que chamamos de feedback hoje em dia. Na época, esse termo não existia, mas o feedback foi o que me fez melhorar e aprender muito. Um líder que sempre consegue extrair o melhor de nós é muito inspirador. Não importava se eu era assistente, analista, supervisor ou gerente, eu incorporava essa mentalidade de dono. Esse sentimento de propriedade me tornou mais forte para suportar as pressões do cotidiano. Cultivar essa mentalidade me ajudou, e acabei sendo um exemplo para os outros.

Outro grande desafio foi a transição de uma empresa familiar para uma corporação. Nestes momentos, a insegurança sempre surge, afinal, novos executivos se juntam e muitas mudanças acontecem. O segredo é estar sempre aberto às mudanças. Observar e aprender. E foi essa habilidade de se adaptar a todas as mudanças e a resiliência que me fizeram permanecer na UCB por tanto tempo. Nutrir o sentimento de ter um tubarão me perseguindo também me ajudou a nunca parar e sempre querer inovar. Inovar é uma palavra bonita e muito comumente usada hoje em dia, mas no fundo para mim, INOVAR é nunca parar, sempre correr atrás do novo para continuar sobrevivendo. Uma empresa só pode chegar aos 50 anos como a UCB se tiver a capacidade de fazer algo novo, inovar.

Ser leal e cultivar boas relações com colegas e gestores também é essencial em uma jornada profissional. Afinal, passamos mais tempo com nossos colegas do que com nossas famílias. O mercado de trabalho pressupõe essencialmente competitividade, egoísmo, e é por isso que sempre procurei manter uma energia positiva e um espírito de colaboração entre as pessoas. Só alcançamos grandes objetivos se tivermos uma boa equipe juntos. E celebrar conquistas é apenas divertido em grupo, certo?

Hoje, olhando pelo retrovisor, vejo que percorri e ajudei a pavimentar um longo caminho dentro da UCB, e quando olho para frente, fico feliz em sentir que ainda posso contribuir para o futuro da empresa. Apesar de todos esses anos trabalhando na UCB e tendo um carinho especial pela empresa, estou ciente de que o que me faz ficar é a capacidade de continuar contribuindo para seu crescimento. E para isso, continuo aprendendo sempre!